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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

90% dos casos de câncer no colo de útero são por infecção de HPV


É importante que todas as mulheres façam anualmente o Papanicolau e, após os 40 anos, é recomendado que faça mamografia, ecografia transvaginal e rotina de sangue. Esses exames podem fazer com que se diagnostique uma doença ou infecção logo no início, o que é mais fácil de ser tratada ou também de ser prevenida.

Os casos de câncer no colo de útero geralmente acontecem em mulheres que não têm costume de fazer exames. A ginecologista, Sabrina Godoy Campos de Oliveira, explica que pelo Papanicolau é possível diagnosticar a lesão no colo do útero antes de ser câncer, se a paciente realiza o exame periodicamente.
Segundo a médica, como hoje em dia as relações acontecem mais cedo, estão acontecendo mais precocemente as lesões relacionadas com HPV. Quem tem grande número de parceiros sexuais tem mais chance de ter a doença, como é o caso do tabagismo que diminui a defesa no colo do útero.

Cerca de 90% desse câncer é conseqüência de infecção pelo Papiloma Vírus Humano (HPV) e 10% não é por transmissão sexual e sim por pré-disposição genética. Hoje estima-se que cerca de 25% das mulheres tenham HPV e que há 30 casos de câncer no colo de útero para cada 100 mil mulheres. O HPV é a doença mais transmissível sexualmente hoje em dia; altera as células do colo de útero e evolui para um câncer.

Sabrina diz que esse câncer tem uma evolução lenta e por isso é mais fácil de ser tratado. Mas se estiver em um estágio avançado é preciso fazer cirurgia para retirar o útero e os ovários e também pode ser necessário fazer rádio ou quimioterapia, em casos mais graves.
Se estiver ainda no início, apenas com lesões, a mulher terá apenas um pedaço do colo do útero retirado. Nessa situação, a paciente ainda pode ter filhos.

Os principais sintomas para se diagnosticar que está com câncer é sangramento após relação sexual, bastante corrimento e dor em baixo ventre. Mas a ginecologista ressalta que só vai chegar a este ponto se a mulher não fizer exames, pelo menos o Papanicolau, anualmente. “Tem como se prevenir. A paciente que faz todo ano o exame não vai ter isso. O câncer não desenvolve de uma hora para outra”, alerta.


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